Sem dinheiro para comer e preso a um clube que não lhe paga qualquer salário desde outubro de 2017.

É esta a situação dramática que Moussa Sidibé, jogador maliano de 22 anos, vive no Guadalajara, clube do 3.º escalão do futebol espanhol.

Sidibé quer sair do clube, mas alega que a saída não lhe é permitida. Esta situação levou-o a escrever uma carta na qual passa para o papel toda a angústia que diz estar a atravessar.

«Dizem que não me deixam sair e que tenho de continuar a treinar e a jogar no clube porque tenho contrato. Disse-lhes que não tenho dinheiro para comer e responderam-me para pedir ajuda a amigos. Nem se preocupam com o mínimo: garantir as minhas necessidades básicas», pode ler-se.

«Peço ajuda pública perante esta situação que estou a viver e que me pode custar a saúde, porque tenho a cabeça às voltas dia e  noite. Sinto-me escravo porque não me deixam abandonar um clube que não cumpre a sua parte do contrato», diz ainda.

Moussa Sidibé vai mais longe. «Talvez me libertem quando eu morrer de fome. Onde está o humanismo aqui?», remata.

No final da carta pública, pede a «libertação» ao Guadalajara e a intervenção da Federação espanhola para que possa voltar a sentir prazer em jogar futebol.