Lembra-se de Robert Rojas? O célebre guarda-redes chileno que em 1989, durante um jogo de qualificação para o Mundial do ano seguinte com o Brasil, escondeu uma lamina numa luva e usou-a para simular um ferimento alegadamente provocado pelo arremesso de um engenho pirotécnico?

O guarda-redes foi descoberto e os intentos da patranha - vencer o jogo na secretaria - não só caíram por terra como custaram-lhe o fim da carreira.

Esta memória serve de introdução para a história que se segue e que teve lugar durante um jogo a contar para a terceira divisão da Guatemala.

Rosbin Ramos, jogador do Batanecos FC, aproveitou o facto de o árbitro estar a dar atenção a um jogador da equipa adversária (o Deportivo San Lorenzo) para simular ter sido atingido por uma pedra arremessada segundos antes para o relvado.

Rosbin Ramos viu a pedra cair no terreno de jogo, correu para a apanhar, encostou-a à cabeça, caiu para trás e contorceu-se com «dores».

Poderíamos dizer que Rosbin Ramos deveria dedicar-se à profissão de ator, mas a verdade é que a encenação foi tudo menos convincente e não deu em nada. Como os árbitros não viram o suposto incidente, não tomaram a decisão errada (penalizar o Deportivo San Lorenzo), mas também não sancionaram o atleta, que estava a ser filmado e ficou muito mal na fotografia.

A prova de que o crime não compensa: