Roger Federer é um dos maiores nomes da história do desporto mundial, mas nem por isso tem «free pass» em todo o lado.

Mais do que isso, não tem entrada livre em Wimbledon, ele que é o tenista masculino que mais vezes venceu o Grand Slam britânico, por oito vezes.

No The Daily Show, de Trevor Noah, o antigo desportista suíço revelou uma história que viveu no All England Club há cerca de duas semanas.

«Foi há duas semanas. (…) Estava de passagem por Londres e tinha duas horas para ‘matar’. Não avisei ninguém que talvez fosse, não tinha a certeza se conseguia ir, pois tinha uma consulta com um médico por causa do meu joelho. (…) Nunca tinha a Wimbledon sem ser na altura do torneio. Dirigi-me ao portão por onde habitualmente os convidados entram», começou por contar.

«Disse ao meu treinador, que estava comigo: ‘Eu trato disto’. Não consegui (risos). Dirigi-me à entrada e disse: ‘Olá, queria saber como é que posso entrar, onde é a porta?’. E a rapariga: ‘Tem consigo o cartão de membro?’. Quando se ganha Wimbledon ficamos automaticamente como membros, mas não fazia ideia de onde estava o meu cartão. ‘Não tenho o meu cartão, mas sou membro e queria saber por onde posso entrar’. ‘Sim, mas tem de ser membro’, insistiu a rapariga. Vi logo que ia ser difícil», continuou.

Federer revelou depois que tinha ganho o torneio oito vezes, mas nem isso o ajudou: «Disse-lhe: ‘Normalmente quando estou aqui é para jogar, é a primeira vez que estou aqui sem ser para o torneio e queria saber por onde posso entrar’. Ela respondeu: ‘Entra-se pelo outro lado, mas tem de ter o cartão de membro’. Eu já estava em pânico e ainda não acredito que disse o que disse, ainda me sinto mal, mas olhei para ela disse: ‘Ganhei este torneio oito vezes, por favor, acredite: sou membro, onde posso entrar?’»

«Mas ela não me deixou entrar. Fui por outro lado, saí do carro e uma pessoa pediu-me para tirar uma fotografia. Um segurança também me viu: ‘Senhor Federer, o que faz aqui? Tem o seu cartão de membro?’, perguntou. ‘Não tenho, mas é possível entrar?’, disse eu.»

Federer, contou, acabou por entrar e beber o chá que tanto queria, mas aprendeu a lição: mais vale andar sempre com o cartão de membro de Wimbledon.