Ryan Mason, a única testemunha do processo que envolve José Mourinho, e Ashley Cole, reafirmou que o técnico português do Chelsea e o jogador do Arsenal estiveram a negociar uma eventual transferência no quarto do hotel Royal Park garantindo que existem vídeos que provam a existência do negócio.
Em entrevista à Agência Lusa, o antigo empregado do hotel em questão, que está de férias em Portugal, esclarece que existem provas que comprovam a existência de um encontro entre Mourinho, Peter Kenyon (director executivo do Chelsea), Cole e o seu empresário, Pini Zahavi. «Haverá vídeos das pessoas que estiveram lá, recibos, livros de recepção que dirão que as pessoas estavam lá», destacou.
Caso se prove que houve contactos entre os Blues e o defesa esquerdo do Arsenal, a equipa de Mourinho poderá ser castigada com a perda de seis pontos. Em causa está uma lei da Primeira Liga Inglesa que proíbe um clube de negociar directamente com um jogador que tenha um contrato válido com outro emblema.
Mason refere que está numa situação desconfortável, mas acrescenta, no entanto, que apenas irá relatar os factos. «Não é fácil estar nesta posição, ter um clube a dizer uma coisa e eu outra. Não é confortável, mas eu provo que aquilo aconteceu», disse.
O treinador português refutou todas as acusações afirmando que nesse dia estaria em Milão a negociar com o futebolista Adriano, avançado do Inter.
As consequências do processo, que se podem traduzir numa perda de pontos para a equipa londrina, foram desvalorizas por Ray Manson. «A vantagem do Chelsea é tão grande que, mesmo que venha a perder pontos, será campeão de Inglaterra», afirmou.
«Até Mourinho chegar, o Chelsea era uma grande equipa, mas precisava de um empurrão e, desde que ele lá está, tornou-se um clube mais popular do que os outros», concluiu Mason.