Os incidentes no jogo entre o West Ham e o Millwall, esta terça-feira, em jogo a contar para a Taça da Liga, vão ser investigados pela Federação inglesa, com o objectivo de identificar e afastar para sempre dos estádios os adeptos responsáveis pelas cenas de violência.
Foi como se o tempo tivesse andado três décadas para trás: os confrontos entre adeptos das equipas, dois emblemas londrinos com sólidas tradições de hooliganismo na década de 70, fizeram lembrar o ambiente nos estádios ingleses nos anos mais negros do futebol inglês, quando os incidentes violentos aconteciam a um ritmo semanal.
Na partida, que o West Ham venceu por 3-1 após prolongamento, registaram-se três invasões de campo, diversos confrontos nas bancadas e no exterior do estádio e um homem de 44 anos foi esfaqueado, continuando internado no hospital.
«Condenamos de forma veemente o sucedido em Upton Park», afirmou um porta-voz da Federação aos microfones da BBC «e vamos trabalhar com todas as partes envolvidas para determinar os factos», acrescentando que os adeptos responsáveis pelos confrontos «não têm lugar no futebol.»
O técnico do West Ham, Gianfranco Zola, também condenou o sucedido, mostrando-se espantado com a dimensão dos incidentes: «Já participei em jogos difíceis, mas joguei sete anos em Inglaterra e nunca tinha visto uma coisa assim. Fiquei chocado», admitiu.
O West Ham já emitiu um comunicado condenando o sucedido e manifestando a intenção de colaborar com as autoridades paras punir severamente os envolvidos, recomendando sanções pesadas «incluindo afastamento definitivo dos estádios» para os responsáveis.
Os confrontos, envolvendo centenas de adeptos, começaram pelo arremesso de garrafas e tijolos, e pelo atear de pequenos incêndios. O jogo esteve momentaneamente suspenso na sequência de invasão de campo, enquanto o árbitro ordenava aos jogadores para recolherem aos balneários, de forma a que a polícia pudesse afastar os adeptos do relvado.
Veja as imagens de uma das três invasões de campo