Mikel Arteta, treinador do Arsenal, denunciou esta sexta-feira que foi alvo de ameaças, que envolvem igualmente a sua família, através das redes sociais, numa altura em que o clube londrino ocupa um modesto 11.º lugar na Premier League.

«Todos [no futebol] estamos expostos a isso [insultos e ameaças nas redes sociais], por isso prefiro não ler nada, porque iria afetar-me muito mais pessoalmente. Deixámos essa situação nas mãos do clube quando me ameaçaram e à minha família», revelou o técnico espanhol.

Arteta, que vai defrontar o Benfica de Jorge Jesus nos 16 avos da Liga Europa (18 e 25 de fevereiro), contou a situação durante uma conferencia de imprensa na qual foi questionado sobre os maus tratos das últimas semanas a uma série de jogadores da Premier League.

«Não é algo que vai parar amanhã. Pode-se fazer algo a médio e longo prazo? Espero que sim e é isso que apoiamos. Proteger as pessoas envolvidas no desporto para que isso não aconteça com elas», reforçou.

Na quinta-feira, e depois de atletas do Manchester United, Chelsea a Swansea terem sido alvo de insultos racistas, os líderes do futebol inglês pediram aos responsáveis das redes sociais para mostrar «decência humana básica».

Basicamente, pedem ao Facebook e Twitter que tomem medidas mais robustas para erradicar o racismo e para que as identidades dos usuários sejam verificadas. «A linguagem usada é degradante, muitas vezes ameaçadora e ilegal», escreveram os líderes do futebol inglês, incluindo da Associação de Futebol (FA) e da Premier League, ao diretor-executivo do Twitter, Jack Dorsey, e ao presidente do Facebook, Mark Zuckerberg.