Em Inglaterra, por estes dias, o grande tema da atualidade é o referendo Brexit, que coloca em cima da mesa a possível saída do Reino Unido da União Europeia. Os adeptos do Arsenal proveitaram agora o momento para lançar o seu próprio referendo sobre a continuidade de Arséne Wenger à frente da equipa técnica do clube.

Arsenal: adeptos preparam maior protesto de sempre contra Wenger

O treinador francês lidera a equipa londrina há vinte anos, mas nunca o descontentamento dos adeptos foi tão forte como agora. Vários grupos de adeptos do clube coligaram-se para um protesto conjunto, marcado para o próximo sábado, quando o Arsenal receber o Norwich, mas há um grupo, denominado Arsenal Supporters Trust (AST), que quer ir mais longe e está a preparar, para o final da época, um referendo junto dos seus três mil associados.

Não é uma ação inédita no clube. Ainda na temporada passada, 700 adeptos participaram numa votação que acabou por resultar num voto de confiança no treinador francês que recolheu 84 por centos dos votos favoráveis à sua continuidade. Seria uma surpresa se os números de um novo referendo não fossem muito diferentes do último referendo, mas tudo depende ainda dos últimos três jogos da Premier League, uma vez que o Arsenal, na melhor das hipóteses, ainda pode chegar ao segundo lugar, e, no pior contexto, pode ficar pela primeira vez, no reinado de vinte anos de Wenger, fora dos quatro primeiros classificados.

Arsenal: a inexplicável falta de ambição

A AST avalia o contentamento dos adeptos do Arsenal, através de sondagens, desde 2010, ano em que 60 por cento dos adeptos estavam satisfeitos com o desempenho do clube. Uma percentagem que caiu, nos anos seguintes, para 24, 21,5 e 17 por cento, antes de voltar a subir, no final da época passada, quando os «gunners» venceram a Taça de Inglaterra.

Este ano, o descontentamento dos adeptos voltou a acentuar-se numa temporada em que os principais rivais do Arsenal, Chelsea, Manchester United e City, realizaram temporadas muito abaixo das expectativas. Além disso, apesar do milionário encaixe do clube com os direitos de televisão, Wenger não contratou nenhum craque de nível mundial.