Mais pontos, mais golos marcados e menos sofridos, e (muito) mais posse de bola. É assim que o Leicester de Brendan Rodgers se revela melhor do que a equipa histórica de 2015/2016, campeã inglesa ao comando de Claudio Ranieri.
Com Ricardo Pereira a afirmar-se como uma das figuras neste arranque de temporada, os foxes cilindraram o Southampton em partida da 10ª jornada do campeonato (9-0) e ao fim de uma dezena de jogos apresenta um registo superior.
O Maisfutebol recorreu à parceria com o Sofascore para conferir os dados (Opta), num momento em que estão cumpridas 10 jornadas da Premier League.
A equipa de Brendan Rodgers tem mais pontos (20) conquistados que a formação de Ranieri (19), embora o italiano só tenha perdido por uma ocasião ao longo do período em análise.
As diferenças gritantes são as dos golos, quer marcados, quer sofridos: o Leicester 19/20 alvejou as redes adversárias por 25 vezes (média de 2.5 golos por jogo) nas primeiras dez jornadas e sofreu apenas oito, números consideravelmente melhores (20/17) do que os da época triunfante.
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Apesar de somar números inferiores em termos de remates por jogo (10.2 contra 11.4), os comandados do norte-irlandês superiorizam-se em grandes oportunidades criadas (23 contra 19) e, sobretudo, na média se posse de bola: regista-se um aumento médio de 16.4 por cento, números que, na teoria, ajudam os foxes a assumir as rédeas da partida, algo que difere do estilo «cínico» apresentado por Ranieri em 2015/2016, baseado na transição e ataques rápidos.
Na temporada 2015/2016, disputadas dez partidas, o Leicester ocupava o 5.º lugar, a três pontos do então líder Man City. Esta temporada, os 20 pontos são suficientes para ocupar o pódio. Contudo, a forma incrível do Liverpool faz com que os reds estejam já oito pontos acima dos blues.
Repetindo a época histórica ou não, certo é que a temporada do Leicester tem sido brilhante e, pelos números em análise, com uma equipa tão ou mais coesa que a de Claudio Ranieri.
Dados dignos de registo naquela que está a ser a primeira época completa da presidência de Aiyawatt Srivaddhanaprabha, filho do dirigente que perdeu a vida há um ano num acidente de helicóptero nas imediações do King Power Stadium.
