A federação inglesa de futebol (FA) explicou esta sexta-feira que a suspensão de 18 meses aplicada a Joey Barton foi a «menor possível», após o médio do Burnley ter participado em apostas desportivas ilegais.

«A Comissão Reguladora Independente concluiu que a sanção menor possível que reflete todas as infrações cometidas em matéria de apostas corresponde a uma suspensão de toda a atividade relacionada com o futebol durante um período de tempo de 18 meses», informou a FA em comunicado.

Na mesma nota, o organismo federativo revela que Barton realizou 1.260 apostas, avaliadas em cerca de 243 mil euros, e sofreu perdas de quase 20.000 euros, entre março de 2006 até maio de 2016.

Além dos 18 meses, o jogador de 34 anos também foi multado em cerca de 35 mil euros. Barton, que representa agora o Burnley, tinha sido formalmente acusado pela FA em dezembro de 2016, altura em que jogava os escoceses do Glasgow Rangers.

De acordo com a federação, o atleta violou a alínea E8 dos regulamentos, que prevê a proibição de apostar em qualquer jogo em que o participante tenha influência direta ou indireta.

Entretanto, Joey Barton já reagiu ao castigo, que disse forçá-lo a retirar-se precocemente do futebol. Frisando que não o envolvimento em apostas nada tem a ver com combinações de resultados, o jogador admitiu a adição em apostas. Mas a FA não parece ir na cantiga.

«A adição pode ter distorcido a sua forma de pensar, mas não é justificação válida para a sua conduta continuada», indicou no comunicado. Segundo as normas federativas, a sanção «apropriada» para um futebolista que «aposta que a sua equipa perca um jogo» vai de seis meses a um ano.

Neste caso concreto, Barton admitiu ter realizado 15 apostas relativas a 15 encontros diferentes em que confiava na derrota da sua equipa. Recorde-se que o jogador inglês foi suspenso por um jogo em dezembro devido a motivos semelhantes. Até reconheceu, perante a Federação Escocesa de Futebol, ter realizado 44 apostas ilegais entre julho e setembro de 2016.

O médio do Burnley considera excessivo o castigo aplicado pela FA, pelo que vai recorrer nos próximos dias. Ao mesmo tempo, os «clarets» informaram que não vão renovar o contrato do futebolista, que expira a 30 de junho, se a sanção federativa vigorar.