Yan Dhanda, médio do Swansea, está indignado com o Facebook por não ter bloqueado uma pessoa que lhe dirigiu insultos raciais. O jogador inglês, mas de origem asiática, considera que a rede social de Mark Zuckerberg está a fornecer «mais combustível para o ódio».

É apenas mais um jogador vítima de insultos raciais nas redes sociais. O jovem de 22 anos foi perseguido depois da derrota do Swansea diante do Manchester City (1-3), na passada quarta-feira. O assunto foi entregue à polícia de South Wales que abriu uma investigação.

O Facebook, que é proprietário do Instagram, anunciou entretanto que o prevaricador vai ficar temporariamente impedido de enviar mensagens pelo Instagram, mas não vai perder a conta de utilizador.

Entretanto, Yan Dhanda recorreu ao Twitter para denunciar a forma branda como o Facebook lidou com as denúncias deste caso de racismo. «A punição dada ao autor das mensagens acaba por dar mais combustível ao ódio, porque agora eles ficam a saber que não há consequências duras para as suas ações. As mensagens dele foram bloqueadas, mas as consequências das suas ações vão continuar a ser espalhadas na nossa comunidade», denunciou o jogador.

O Swansea também já tinha vindo a público criticar o Facebook por defender que as pessoas que enviam mensagens com insultos racistas não deviam ser banidas, considerando que essas mesmas pessoas deviam ter a «oportunidade de aprender com os próprios erros».

O clube da Premier League, com o apoio da liga inglesa, emitiu, entretanto, um comunicado, manifestando-se «chocado» com a atitude da rede social. «O Swansea City está chocado e surpreso com a indulgência demonstrada pelo Facebook em relação a um de seus usuários que abusou racialmente de um membro da nossa equipa. O nível abominável de abuso que testemunhámos esta semana significa que mais uma vez precisamos de uma ação mais firme das empresas de media social a fim de eliminar esse tipo de comportamento tóxico e apoiamos totalmente a carta aberta da EFL que foi enviada ao Twitter e Facebook à luz de eventos recentes», lê-se no comunicado do Swansea.

O caso de Dhanda é apenas mais um dos muitos casos semelhantes que têm sido denunciados nas últimas semanas, como os que já aconteceram com Marcus Rashford, Axel Tuanzebe, Anthony Martial, Lauren James, Romaine Sawyers e Reece James.