O Manchester United ia receber o Chelsea depois de três derrotas seguidas numa série de cinco jogos sem vencer da equipa de Louis van Gaal para a liga. O Chelsea procurava a primeira vitória sob o comando de Guus Hiddink depois de um empate na estreia. A igualdade verificada em Old Trafford acabou por ser um prémio para outras estrelas que não os treinadores.

Duas equipas que têm desiludido nos resultados em relação ao favoritismo teórico com que se apresentavam para a Premiership mostraram que os respetivos guarda-redes não baixaram o nível. David de Gea e Thibault Courtois são dos melhores do mundo, mostraram-no e terão afastado o fantasma de José Mourinho para outra jornada.

Manchester United-Chelsea, 0-0

Em Old Trafford já se vendiam cachecóis do Manchester United com o nome do treinador português. Van Gaal tem sido sujeito a muita pressão com as notícias da sua iminente substituição pelo homem que foi despedido do Chelsea – esse Chelsea que com ele se fartou de perder e que com Hiddink também ainda não venceu.

Aquilo a que se assistiu nesta segunda-feira foi a um intenso jogo de futebol, de duas equipas que ainda não estiveram ao nível que se espera de planteis tão fortes, com várias hipóteses de golo repartidas para cada lado, mas tendo (ainda) nos respetivos guarda-redes o seu melhor jogador. De Gea e Courtois decidiram que o jogo ficaria sem golos e que a divisão de pontos poderá deixar novas apreciações sobre os técnicos de cada equipa para mais tarde...

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O grande jogo da 19ª jornada da liga inglesa – no que à questão do que se falou sobre treinadores – enquanto não se joga (nesta terça-feira) o Leicester-Manchester City foi intenso desde início, com Mata a atirar uma bomba à trave e o Chelsea a responder com um cabeceamento de Terry a ser travado por uma defesa espetacular de De Gea.

O United voltou a acertar no poste ainda antes de se chegar ao meio da primeira parte por Martial, ele que caiu na grande área do Chelsea pouco depois em luta com Zouma. Mas sem razão aparente para falta.

A pressão era feita pelos «red devils», que responderam bem ao que Van Gaal podia aspirar que fosse feito em campo pela sua equipa: querer ganhar. Mas do outro lado, o guarda-redes não era inferior. Um grande remate de Rooney teve uma defesa à altura de Courtois ainda antes do intervalo.

O segundo tempo começou com a mesma intensidade e o mesmo protagonismo. O Chelsea entrou a mostrar que também podia sair vencedor e contariou o domínio do Manchester. Mas, também aí, não dobrou De Gea. O espanhol negou duas vezes o golo ao Chelsea no mesmo lance: a remate de Pedro e na recarga de Azpilicueta.

Aos 55 minutos, sim, houve motivo para grande penalidade contra o Chelsea. Willian tocou a bola com o braço intencionalmente depois de ter controlado mal com a boxa e precisar de ajuda ilegal para afastar o perigo: o lance seguiu-se a uma defesa milagrosa de Courtois com o peito negando o golo a Herrera.

O falhanço mais incrível da partida surgiu pouco depois, quando Matic, cerca de hora de jogo, atirou para as nuvens só com De Gea pela frente. Rooney não tinha tanta liberdade, mas, já perto do fim, também falhou a sua (melhor) ocasião para visar a baliza adversária com sucesso.

Manchester United e Chelsea voltaram a perder pontos, mas nenhuma das equipas acabou por perder a face num jogo em que ambas tentaram ganhar a um adversário poderoso e à espera de redenção em resultados. Mais do que o falatório sobre treinadores ficou a marca dos guarda-redes responsáveis maiores pelo desfecho

Classificação da Premiership