A frase que está em título foi proferida pelo árbitro inglês Mark Clattenburg, numa entrevista à talkSPORT, e, como não era difícil de adivinhar, está a gerar ondas de indignação pelo seu forte teor machista. O juiz até aceita a entrada das colegas de sexo feminino nas competições masculinas, mas depois coloca um entrave.

«O problema com as mulheres é que, na arbitragem no futebol, elas têm um caminho difícil se engravidarem durante a sua carreira de árbitro, isso pode fazê-las parar durante um longo período. Portanto, têm de fazer uma escolha: querem estar grávidas e ter filhos ou querem ser árbitras?», perguntou.

O árbitro internacional que apitou a final do Euro2016 vai mais longe. «Quando têm um bebé têm, necessariamente, de parar durante nove ou dez meses. Depois regressam durante seis meses para recuperarem o corpo. Por isso, estamos a falar de quase dois anos de paragem total. Como têm de passar os testes físicos dos homens para arbitrar o futebol masculino, é muito complicado», disse ainda.

Declarações polémicas que levantaram uma onda de indignação nas redes sociais e uma reação da associação de futebol feminino em Inglaterra. «As mulheres em todas as profissões enfrentam um equilíbrio entre o trabalho e a família. Tal como muitos homens – mas para os homens isto nunca foi visto como um problema, não é suposto um homem ter de escolher entre uma das duas coisas», refere o comunicado.