Claudio Ranieri colocou o nome do Leicester entre os vencedores da Liga inglesa, mas o feito não impediu a direção do clube inglês de o despedir por maus resultados.

Esta segunda-feira, o italiano deu a primeira entrevista após o despedimento e salientou que não acredita que os jogadores tenham estado na origem da sua saída.

«Não acredito que os meus jogadores me tenham matado, não, não e não», disse aos microfones da Sky Sports.

«Talvez tenha sido alguém nas minhas costas, ou um pequeno problema que houve na última época antes de ganhar a Premier League e que se tornou em algo mais grave quando perdemos mais este ano», explicou, sem revelar nomes.

Perante a insistência e até perante o nome do sucessor, o seu antigo assistente Craig Shakespeare, Ranieri disse: «Sou um homem leal, o que tenho a dizer digo-o cara a cara.»

Apesar do mau momento na época, Ranieri acreditava na inversão dos resultados: «Não era fácil esta temporada depois da ganhar a Premier. Penso que mais tarde ou mais cedo daríamos a volta. O ponto de inflexão foi com o Sevilha, na segunda parte todos lutaram muito e voltaram a estar juntos. Vivemos um conto de fadas e seguíamos com ele. Creio que esta equipa pode fazer algo bom na Champions.»

Ranieri falou ainda sobre o momento do despedimento e os movimentos de apoio que teve, incluindo o de José Mourinho que se apresentou na conferência de imprensa com as iniciais do italiano: «Foi espetacular, quando ganhas recebes muitos prémios e prendas, garrafas de vinho e Champanhe. Quando fui despedido, tinha a casa cheia.»

«O Leicester e os seus adeptos estarão sempre no meu coração», sentenciou.