José Mourinho confirmou que a médica Eva Carneiro e o fisioterapeuta Jon Fearn não estarão no banco no Chelsea-Manchester City de domingo, depois de o treinador ter criticado o facto de ambos terem entrado em campo para assistir Eden Hazard no final do jogo do último fim de semana com o Swansea.

«John Fearn e a dra Carneiro não estarão no banco. Não quer dizer que domingo é o resto da nossa época. Não estarão no domingo, é a minha decisão, a minha responsabilidade, mas n quer dizer que não estejam no futuro», afirmou o treinador em conferência de imprensa.

Este foi o primeiro tema da conferência e José Mourinho deu uma longa resposta, em jeito de declaração. Depois dela, disse que não queria falar mais sobre o assunto.

«Primeiro quero dizer que temos um departamento médico fantástico liderado pelo doutor Paco Biosca. mais de uma dúzia de profissionais entre médicos, fisioterapeutas, massagistas, especialistas de diferentes áreas. Tenho muito boa relação com eles. Dizem-me que nunca foram elogiados como por mim», começou, revelando que se reuniu quinta-feira com todo o staff médico: «Eles não esquecem isso. Como também me disseram ontem, tivemos desentendimentos, precisamos deles para melhorar. Trabalhamos juntos, melhoramos juntos, é assim que fazemos as coisas.»

«A sua questão sobre o banco, tenho que dizer que para algumas pessoas o banco é muito importante. Para outras não, o mais importante não é o que as pessoas pensam que fazes, é o que fazes», prosseguiu: «O banco é responsabilidade minha. Todas as semanas encaro uma decisão sobre o banco, tenho de escolher. Tenho sete adjuntos, só podem ir 4. Quatro roupeiros, só pode ir um. Do departamento médico só um vai para o banco e somos mais de uma dúzia.»

Posto isto, Mourinho quis dar o assunto por encerrado: «Se querem falar de futebol estou aqui, se querem falar de outros assuntos não estou aqui.» E mais à frente, quando as questões prosseguiram, insistiu: «Agora quem gosta de futebol fique, quem quer falar de outras questões fique mas não me faça perguntas, ou saia.»

Mas não ficaram por aqui as questões em torno do assunto. Mourinho foi questionado também sobre se este caso não poderia ter consequências ou desestabilizar o grupo. «Se alguém acha que um desentendimento entre dois membros do staff médico e o treinador pode afetar a equipa é alguém que não faz ideia do que é o futebol e a preparação do jogo. Obviamente não.»

Também lhe perguntaram se não estava a reforçar uma imagem de treinador implacável. «Estou longe de ser implacável. Longe. Tenho uma relação fantástica com toda a gente que trabalha comigo, estou aberto ao erro, à comunicação, estou aberto a críticas, cometo erros. Alguns dos meus médicos disseram-me: estivemos juntos, melhorámos juntos.»

Quanto a futebol, Mourinho admitiu a importância do jogo com o City: «Não digo que é crucial, mas são dois candidatos, se conseguirmos 3 pontos e o adversário zero é importante.» E diz que tem Oscar em dúvida, por causa de uma «pequena lesão no treino», além de não ter Courtois por castigo.

O técnico falou ainda sobre mercado, para manter tudo em aberto. «Se n estamos entre os mais gastadores, não quer dizer que as pessoas devam estar preocupadas. Primeiro porque a janela de transferências não fechou. Está aberta até 31 de agosto. Segundo, não temos de ser sempre campeões no mercado. Terceiro, porque fazemos as cosias quando achamos que temos de fazer», diz, para exemplificar: «Quando há dois anos não comprámos um avançado e as pessoas ficaram um pouco desapontadas, não comprámos porque sabíamos que o Diego Costa vinha no ano seguinte. Às vezes temos de pensar mais do que no momento.»

​«Acabaram de me dar um contrato de quatro anos, estamos em grande estabilidade e trabalhamos muito bem», concluiu.