O domingo em que todos nos apaixonamos pelo mais maravilhoso dos jogos. 90 minutos de intensidade máxima, sem a desculpa esfarrapada do jogo a meio da semana; 90 minutos de futebol total, de olhos na baliza oposta - não é para isso que existe o jogo? - e de prazer máximo na execução do mais simples dos passes. 

Foram quatro golos, dois para cada lado. Liverpool e Manchester City fizeram por merecê-los. Justificavam, aliás, os três pontos. Ambos. Mas a dimensão do jogo ainda não o permite. 

Vamos aos factos: depois de 45 minutos sem golos - mas com uma jogada de Bernardo Silva a replicar o génio de Messi -, a segunda parte foi de loucos. Mas de loucos bons, gente com cabeça e aquela dose de atrevimento que só os grandes são capazes de ter. 

VÍDEO: o momento de Bernardo «à Messi»

Sadio Mané abriu as hostilidades aos 59 minutos, mas o City reagiu e empatou por Phil Foden dez minutos depois, num pontapé colocadíssimo de pé esquerdo. 

A 15 minutos do fim, Salah esfregou a lâmpada e o génio concedeu-lhe um desejo: o egípcio vestiu-se de Faraó, fez quase tudo de pé esquerdo e finalizou de pé direito. 

VÍDEO: o lance maravilhoso de Salah

A história não estava completa. Pouco depois, o City fugiu pela esquerda, a bola caiu no coração da área e Kevin de Bruyne rematou para o 2-2 final. 

Normalizem a respiração. Estiquem as pernas e os músculos. Agradeçam a estes cavalheiros por um dos melhores jogos de futebol dos últimos tempos. 

CLASSIFICAÇÃO DA PREMIER LEAGUE 

VÍDEO: o 2-2 de De Bruyne