1. O chip na bola, mais os sensores, será forçosamente coisa cara. Passaremos, obrigatoriamente, a ter um futebol de ricos e um futebol de pobres. Quer dizer, já é assim. Mas pelo menos por agora ricos e pobres jogam com balizas e bolas iguais.
2. Os chips também avariam. Se um dia a tecnologia não responder às nossas dúvidas (algum dia respondeu?), a culpa será de quem?
3. Os chips serão fabricados por uma única marca desportiva, a mesma que equipa algumas equipas? Será possível, algum dia, colocar um chip nas camisolas (nas botas, nas meias, na pele), marcar cantos directos e provocar o caos?
4. Além do controlo anti-doping, teremos o controlo anti-chip?
5. Algum dia teríamos um processo «Chip dourado»?
6. Qual será o próximo passo? Sensores em todos os jogadores, sensores ao longo das linhas laterais?
7. Se o árbitro deixa de ser decisivo para nos dizer se é golo ou nem por isso, será que serve para alguma coisa? Levada ao extremo a teoria do chip, os jogos de futebol deveriam passar a ser decididos em assembleia. Em todos os jogos teríamos na bancada um grupo de pessoas independentes (boa piada...), que decidiriam cartões, foras-de-jogo, livres, grandes penalidades e coisas do género. Mas a culpa deixaria de ser do árbitro. Que bom.