Para quem viu o jogo da primeira mão entre Inter e Benfica, ficou bem clara a importância que o guarda-redes Francesco Toldo tem na baliza da equipa italiana. Os encarnados estiveram bem perto do golo por várias ocasiões, mas o guardião do Inter esteve sempre lá para estragar a festa. E não se pode dizer que a história seja nova.
Na época de 1996/97, o Benfica defrontou a Fiorentina nos quartos-de-final da Taça das Taças. Francesco Toldo era então o guarda-redes da equipa italiana. No primeiro jogo, realizado no velho Estádio da Luz, os golos de Baiano e Batistuta trataram de dar alguma tranquilidade a Toldo (2-0). Mas o papel do guarda-redes na segunda mão, em Itália, foi ainda mais importante, visto que o Benfica entrou apostado em atacar no Estádio Artemio Franchi.
Aos 22 minutos, Edgar marcou para o Benfica. E, a partir daí, a Fiorentina limitou-se praticamente a defender. Ouviram-se os assobios dos adeptos italianos, numa contestação que durou para lá do jogo, mas nada de mudanças. E, claro, Toldo na baliza apagou todo o tipo de fogos.
O Benfica venceu por 1-0, mas o resultado não chegou para seguir em frente ¿ ainda assim terminou com o jejum encarnado de vitórias em Itália, em jogos europeus, que durava desde 1983. A festa foi da Fiorentina e Toldo, que se tornara já num dos heróis da equipa, confirmou, mais uma vez, o estatuto de peso pesado no grupo de Claudio Ranieiri.
Quanto disse? 47,5?
Quem fala de Inter de Milão, tem obrigatoriamente de falar em Francesco Toldo. Não marca golos, não faz assistências, mas tem tirado a equipa de Zaccheroni de inúmeros apertos.
Toldo é um autêntico gigante. Mede 1,96 m e, com um porte desses, só pode mesmo ter direito a um número de sapato à altura. 47,5, é esse o número que o guarda-redes do Inter de Milão pede quando vai a uma sapataria!
Apesar do porte intimidatório, Francesco Toldo é um apaixonado pelo cinema. Adora o filme «A vida é bela» e, claro, o herói preferido do cinema italiano, Roberto Benigni. Na versão feminina, opta pela actriz Gwyneth Paltrow.
Falando de futebol, as inspirações foram muitas, mas, no topo dos ídolos, está mesmo Dino Zoff, o lendário guarda-redes da selecção italiana.