Num momento em que todo o futebol está de quarentena em Espanha devido à pandemia do coronavírus, há duas questões importantes a ter em conta: os contratos dos jogadores e a saúde financeira dos clubes. Tudo indica que os campeonatos voltarão no verão, mas há contratos que expiram a 30 de junho, o que coloca clubes e jogadores numa situação de renovação para acabar a época.

Em Espanha, no CF Fuenlabrada, da segunda divisão, as circunstâncias ditaram a negociação da direção com alguns jogadores, em que estava em cima da mesa o pagamento do salário por inteiro se os atletas aceitassem disputar o restante do campeonato após 30 de junho, mas dois deles recusaram a proposta.

Um dos quais foi Biel Ribas, guarda-redes titular da equipa madrilena, que viu, então, o seu contrato rescindido de imediato. «Biel Ribas e o CF Fuenlabrada alcançaram um acordo para a rescisão imediata do seu contrato, depois de não aceitar uma proposta do presidente do clube, Jonathan Praena, que garantia o salário na íntegra aos jogadores em troca destes acabarem a temporada, mesmo que esta se alargue para lá de 30 de junho», pode ler-se no comunicado do clube.

A recusa dos dois jogadores em assinarem novos contratos invalidou o acordo, o que levou o clube a optar por um ERTE (Expediente de Regulación Temporal de Empleo), que implica mandar parar os trabalhadores enquanto dure o impacto económico do coronavírus.

 Esta não será uma situação isolada, dada a crise financeira sentida na indústria do futebol. De recordar que, inclusive, vários jogadores em diferentes ligas europeias reduziram os seus salários para que os seus clubes possam continuar em funcionamento e os seus funcionários não saiam prejudicados.