Nem tudo são rosas na aventura de Michael Essien e Carlton Cole pela Indonésia. Os dois jogadores estão a ser investigados por causa de terem jogado no campeonato daquele país sem obter licenças de trabalho.

O alerta foi comunicado pela agência governamental para o desporto profissional, que defende que o ganês e o inglês não tem os documentos necessários para jogar na liga indonésia.

O Persib Bandung, clube onde atuam Essien e Cole, explica que a licença de trabalho não chegou a tempo do jogo da primeira jornada, mas que os futebolistas jogaram com autorização da federação e da liga.

O treinador do clube Umuh Muchtar até foi mais longe nas críticas. «Todos sabem que Essien é um jogador de classe mundial, não é um imigrante clandestino», atirou, numa referência específica ao caso do internacional ganês, campeão com o Chelsea de José Mourinho.

Recorde-se que a FIFA suspendeu o campeonato indonésio em 2015, devido à turbulência entre o governo e a federação. O país tenta agora reerguer-se das cinzas com um novo formato competitivo, tendo na contratação de algumas estrelas do futebol mundial um fator de crescimento.

Por isso, não surpreende que o médio e o avançado tenham aterrado no sudeste asiático com pompa e circunstância. Assinaram há dias pelo Persib Bandung, o último campeão indonésio em título, tendo feito os primeiros minutos no fim-de-semana, num empate frente ao Arema FC.

Entretanto, os serviços de imigração já convocaram uma reunião com os responsáveis do clube, para resolver o problema relacionado com a atribuição de licenças de trabalho a futebolistas estrangeiros.

Essien tem 34 anos e conta com passagens por Lyon, Chelsea, AC Milan ou Real Madrid. Na última época esteve no Panathinaikos, antes de abraçar o desafio asiático.

Carlton Cole, de 33 anos, formou-se no Chelsea e andou em sucessivos empréstimos. Notabilizou-se por outro clube londrino, o West Ham, fazendo quase 300 jogos entre 2006 e 2015. No ano passado foi campeão escocês pelo Celtic.