A Federação de Marrocos ameaçou esta quinta-feira abdicar em definitivo da organização da fase final da Taça das Nações Africanas (CAN-2015), prevista para janeiro do próximo ano, devido à ameaça do vírus Ébola que já atingiu vários países do continente.

O governo marroquino, que já tinha sugerido o adiamento da competição, proposta recusada pela Confederação Africana de Futebol (CAF), avança agora com três cenários possíveis: trocar a organização de 2015 pela de 2017; adiar a competição de 2015 para 2016; ou abdicar em absoluto da organização da competição, assumindo todas as consequências que daí possam vir por parte da CAF e da FIFA.

«Se a CAF recusar todas os nossos pedidos e sugestões, então seremos obrigados a retirar-nos da organização da CAN-2015 para preservar a segurança dos nossos cidadãos e, para isso, estamos preparados para assumir todas as consequências dos nossos actos», destacou uma fonte próxima do Ministério dos Desportos do país à agência Reuters.

Caso se confirme a desistência de Marrocos, Sudão, África do Sul e Egito já se apresentam como possíveis alternativas. A África do Sul já tem marcada a organização da CAN-2017, que estava inicialmente atribuída à Líbia, mas que abdicou devido à guerra civil no país. O Egito, por seu lado, diz que está preparado para assumir a organização da competição já em janeiro.

Segundo o calendário da CAF, o maior torneio africano deveria decorrer entre 17 de janeiro e 8 de fevereiro.