O futebolista bielorrusso Aleksandr Hleb, que este mês anunciou o fim da carreira de futebolista, considera que se comportou como «um tolo» nos tempos em que esteve no Barcelona, onde sente que teve a espinha da sua carreira, num clube onde podia ter sido mais feliz.

«Eu mesmo comportei-me como um tolo. O coletivo era muito bom. Lamento não ter aprendido a falar espanhol», afirmou Hleb, em entrevista à agência EFE, a partir de Minsk.

Hleb jogou no Barcelona em 2008/2009, época na qual conquistou a Liga dos Campeões, o campeonato espanhol e a Taça do Rei, na primeira temporada de Pep Guardiola como treinador principal. Nesta, lesionou-se logo na segunda jornada do campeonato, ante o Racing Santander. Esteve afastado cerca de um mês e, apesar de ter feito um total de 36 jogos, raramente foi opção inicial nos catalães.

«Guardiola é um grande treinador, mas é verdade que se estreava como treinador da primeira equipa. Queria êxitos rápidos. Quando onze futebolistas jogam a um grande nível, já não queres mudar», referiu.

O internacional pela seleção da Bielorrússia afirma que agora «quer ajudar a desenvolver o futebol» no seu país. «Vejo outros países pequenos que estão a crescer e a alcançar resultados, seja na equipa principal ou nas jovens. Enquanto isso, parecemos estagnados», considerou.

O ex-médio frisou que está «cansado» e que o «corpo não recupera mais como antes», ainda que ame o futebol. «Assim que assisto a um jogo na televisão, já sinto falta», assumiu Hleb, de 38 anos, que terminou a carreira no Isloch, clube da Bielorrússia.

Após ser descoberto pelo Estugarda no BATE Borisov, Hleb, que representou o Arsenal, passou pelo Barcelona, que o emprestou de novo ao Estugarda, depois ao Birmingham e ainda ao Wolfsbugo. Krylya Sovetov, Konyaspor, Gençlerbirligi foram outros clubes de Hleb, que nos últimos anos da carreira voltou a representar o BATE por quatro ocasiões.