Dietmar Hopp tornou-se conhecido a nível mundial num desses dias estranhos. Um 29 de fevereiro. Um dia que surge apenas de quatro em quatro anos e que, neste de 2020, teve um mediático Hoffenheim-Bayern Munique.

Odiado pelo país futebolístico, Hopp foi alvo de uma manifestação impactante nesse dia. O futebol, entretanto, parou. E é esse mesmo homem que pode fazer com que ele volte. Para alegria de todos os adeptos, pois claro.

O milionário proprietário do Hoffenheim é o principal investidor da CureVac, que procura uma vacina contra o vírus. E, depois do mediatismo provocado pelo protesto dos adeptos na Bundesliga, Hopp viu-se desta vez envolvido numa história com Donald Trump.

O 'Die Welt' escreveu que o presidente dos EUA ofereceu uma larga soma de dinheiro para ter a exclusividade de uma eventual vacina desenvolvida pela CureVac e a 'Reuters' noticiou a mesma ideia, citando fontes governamentais alemãs.

A reação germânica foi pronta, desde a farmacêutica ao governo de Angela Merkel.

A CureVac emitiu, neste domingo, um comunicado a dizer que «rejeita os correntes rumores de uma aquisição» da potencial vacina, em exclusividade.

Citado pela 'Reuters', o próprio Dietmar Hopp, principal investidor daquela farmacêutica, disse que não vendia e que quer desenvolver uma vacina «para ajudar as pessoas não apenas localmente, mas em todo o mundo».

Uma porta-voz do ministério da Saúde germânico confirmou que «o Governo alemão está muito interessado em que as vacinas e substâncias ativas sejam também desenvolvidas na Alemanha e na Europa». Uma ideia reassegurada por outra porta-voz, desta vez do ministério da Economia.

Já o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, disse em conferência que o caso da CureVac vai ser debatido nesta segunda-feira.

Refira-se que a farmacêutica de Tuebingen, Alemanha, disse à Reuters, na semana passada, que espera ter uma vacina experimental por volta de junho ou julho, para depois obter luz verde dos reguladores do setor para que a mesma possa ser usada em humanos.