Robert Lewandowski foi convidado por Cristiano Ronaldo e Sergio Ramos a jogar no Real Madrid. Questionado acerca do assunto, o polaco confirmou a tentativa dos dois jogadores em levá-lo para a capital espanhola e explicou as razões que o levaram a ficar no Bayern Munique.

«Sim, é verdade», respondeu.  «Podes ir para a Liga espanhola ou para qualquer outro país, outro grande clube, mas para mim não é o mais importante. Quero atingir o meu nível máximo onde estou e continuo com vontade de o continuar a fazer», disse em entrevista ao «Sport». «Estou num dos melhores clubes do mundo, sei que posso ser feliz aqui. Temos um nível muito alto desde o plantel à cidade desportiva. Tudo se torna mais fácil quando jogas num clube como o Bayern.»

O avançado recordou ainda o início da carreira como profissional, lembrando que foi dispensado do Legia com 17 anos. «Foi uma das piores situações da minha vida. Estive lesionado uns meses e quando voltei não estava em forma. Precisava de tempo, mas o meu contrato expirava no final dessa época. Ninguém me dizia nada acerca do contrato e decidiu dirigir-me à secretaria do clube. Disseram-me que podia ir embora como jogador livre. Foi muito difícil para mim, tinha 17 anos. A minha mãe estava à minha espera no parque de estacionamento e percebeu logo que algo estava mal. Questionei-me se a minha carreira não tinha terminado. Mas decidi dar um passo atrás, fui para uma equipa mais pequena para ter uma segunda oportunidade. Correu bem», lembrou.

Lewandowski assumiu que teve três ídolos: Roberto Baggio, Del Piero e Thierry Henry. «Quando tinha seis anos lembro-me de Roberto Baggio, encantava-me a forma como jogo. Depois, entre os dez e os 14 anos, admirei Del Piero, mas mais tarde o Henry tornou-se no meu jogador favorito. Era incrível. Não só pela capacidade goleadora, mas por tudo o que fazia pela equipa. Lembro-me do dia em que o conheci, fiquei em choque e pensei 'conheci o meu ídolo de infância e ele agora quer a minha camisola!'. Os sonhos podem tornar-se realidade.»

Apaixonado pela bola desde tenra idade, Lewa confessou nunca ter dito em voz alta que iria ser o melhor avançado do mundo. «Sabia que tinha de fazer o meu caminho passo a passo. O meu sonho era jogar em grandes estádios com 80 ou 90 mil espetadores. Quando era jovem, a Polónia não tinha nenhum jogador de topo, por isso, foquei-me nos melhores jogadores do mundo. Pensei 'ok, sou de Varsóvia mas por que razão os polacos não podem chegar a ser os melhores do mundo?'», disse.