Julian Weigl deixou o Benfica e regressou à Alemanha este verão. O médio esteve dois anos e meio na Luz e apesar de ter cumprido 115 jogos, a experiência não correspondeu às expetativas. O novo jogador do Borussia Monchengladbach, ainda que por empréstimo dos encarnados, explicou o motivo pelo qual decidiu sair da Luz.

«Devo dizer de forma clara que tive uma relação fantástica com Roger Schmidt desde o início. Falámos sempre abertamente e ele nunca me disse que eu não jogaria se ficasse. Mas também nunca disse que não entrava nos seus planos ou que deveria procurar outro clube. O futebol de Schimdt exige características diferentes dos jogadores que ocupam a minha posição. Por isso, joguei pouco com ele. Decidi seguir um novo caminho, para o Monchengladbach, onde as pessoas procuravam exatamente as características que eu tenho. Informei Schmidt sobre a minha decisão de sair e ele compreendeu», referiu, em entrevista ao site RP Online

O futebolista de 27 anos fez ainda questão de justificar a escolha pelo Gladbach. «Gosto do treinador [Daniel Farke], da sua ideia e do que ele espera de um '6'. Posso mostrar as minhas qualidades. Era secundário jogar ou não na Liga dos Campeões - tenho jogado sempre essa competição desde 2015. É importante estarmos confortáveis e temos um treinador que valoriza os nossos pontos fortes. Não quero um treinador que faça de mim um Gattuso.»

Weigl defendeu que as expetativas no Benfica «só são comparáveis às do Bayern» na Alemanha e assumiu que consegue «imaginar o Monchengladbach» como sendo o seu clube para as próximas épocas. 

Além disso, o médio germânico falou sobre o sonho de estar presente no Mundial 2022. «Só podemos chegar à seleção se tivermos um desempenho contínuo ao mais alto nível. O facto de manter boas conversas com Flick é um sinal positivo. Há jogadores de classe mundial para a minha posição. O meu foco está no clube e se mostrar aqui o que posso fazer, estarei no pensamento do selecionador», referiu ainda.

Por último, Weigl foi convidado a comparar os episódios que viveu no autocarro: o ataque à bomba em Dortmund e o apedrejamento em Lisboa.

«O atentado à bomba ao autocarro do Dortmund foi o mais grave, mas poderia ter acontecido algo pior com o lançamento de pedras que sofremos em Lisboa. Ambos os casos mostram temos de saber aproveitar todos os dias. Felizmente, o que aconteceu não me acompanha todos os dias, tento ser positivo sobre as coisas e não pensar no que pode acontecer quando entro no autocarro», concluiu.

O germânico já se estreou com a camisola do Borussia Monchengladbach na derrota caseira contra o Mainz.