Angel Di María revelou que, em 2014, rasgou uma carta do Real Madrid em que o clube lhe pedia que não disputasse a final do Mundial entre a Argentina e a Alemanha.

«Eu estava lesionado desde o jogo com a Bélgica [dos quartos de final]. Estava a 90 por cento. A perna não estava bem, mas eu queria jogar. Não queria saber se não voltava a jogar futebol, que era umas das coisas que me disseram que podia acontecer. Mas era a final do mundo, era a minha final», disse o antigo jogador do Benfica em entrevista à Telefe.

Então chegou a carta do Real Madrid, clube que Di María representava há quatro anos. «O James Rodríguez vinha para o Real Madrid, era da minha posição, por isso já sabia que me queriam vender. Chegou a carta, o médico deu-ma e eu nem quis sequer olhar para ela, rasguei-a», recordou, emocionado.

«Falei com Alejandro Sabella [o selecionador] e disse-lhe, a chorar, que não estava a 100 por cento. Eu sabia que ele gostava de mim e queria que eu jogasse, mas tinha de pensar no que era melhor para a equipa. Eu ia fazer infiltrações, mas ele decidiu colocar o Enzo Pérez no meu lugar», acrescentou.

«Estou feliz porque acho que foi o melhor jogo do Mundial, os rapazes fizeram um jogo excecional, só não tivemos a sorte que é precisa para sermos campeões», disse ainda o jogador, que acabou mesmo por ser vendido pelo Real Madrid para o Manchester United nesse verão, de onde saiu um ano depois para o PSG, onde está até agora.