O avançado argentino Lionel Messi, em entrevista à La Cornisa, explicou o tratamento hormonal que realizou quando era jovem para crescer, a adaptação em Barcelona e a vontade de vencer o Mundial na Rússia

Numa viagem no tempo pela vida do génio de Messi, o argentino contou o procedimento médico que realizava quando era mais jovem: «Injetava hormonas nas pernas, uma vez por dia, à noite. Comecei com onze, doze anos. Não me impressionava. No início era o meu pai ou a minha mãe, mas depois aprendi e comecei a fazer sozinho. Era uma agulha pequena, carregava a quantidade, e injetava, não me doía nada e era rotina, fazia com naturalidade.»

O avançado do Barcelona falou ainda sobre a sua adaptação na Catalunha e sobre os seus hábitos alimentares: «Não me custou muito, adaptei-me rápido. Os meus irmãos eram maiores, tinham coisas na Argentina e decidiram voltar. A minha irmã era pequenina e a ela custou-lhe imenso adaptar-se à escola, então a minha mãe voltou com ela para a Argentina. Fiquei com o meu pai, e ele disse «Que fazemos? Tu é que sabes, podemos voltar se quiseres», e eu disse-lhe: «Não, quero ficar, tenho a certeza».

«Antes comia chocolates, doces, bolachas, sumos, tudo. Agora como bem: carne, peixe, salada, verduras. Notei muito a mudança, principalmente em relação aos vómitos. Habituei-me e agora com esta alimentação já não acontece», adicionou.

Sobre o Mundial 2018, Messi mostrou a sua vontade de trazer o troféu para a Argentina: «Oxalá seja um grande Mundial para nós. O meu desejo, e o de todos, é que possamos viver algo como em 2014, que foi inesquecível, não só para nós, como para todo o país. Esperamos que o resultado seja parecido, mas que desta vez levantemos o troféu, é o sonho de todos nós. Não é fácil. Podemos fazer tudo bem e mesmo assim não conseguir, como aconteceu em 2014, perdemos por um detalhe. Mas vamos com muita vontade de poder levar a taça para a Argentina. Se deus quiser e nos ajudar, assim será.»

«Tento não pensar no assunto. É muito complicado porque é o Mundial, falta cada vez menos, passa muito rápido. Mas também tenho a sorte de estar a disputar coisas muito importantes no Barcelona, que me fazem concentrar e não pensar noutra coisa. A verdade é que em muitas partes do mundo esperam que a Argentina e eu sejamos campeões. Mas tento viver o dia-a-dia e não queimar etapas até junho», rematou.

A Argentina foi sorteada no grupo D do Mundial 2018 na Rússia, onde irá defrontar a Croácia, Nigéria e Islândia