Jorge Sampaoli foi apresentado esta quinta-feira como novo selecionador da Argentina.

De acordo com o presidente da federação argentina, o contrato com o técnico é válido por cinco temporadas.

Nas primeiras palavras como selecionador da albiceleste, Sampaoli disse estar a cumprir um sonho.

«Estou a cumprir um sonho que desejava há muito tempo. Sempre quis ter este cargo e parecia sempre muito distante. Houve situações que obrigaram a esperar e agradeço a paciência do presidente», afirmou, aludindo às complicações na saída do Sevilha.

Como objetivo primordial, Sampaoli referiu a necessidade de reerguer a mística da seleção argentina.

«Temos que construir uma equipa que respeite a história do futebol argentino. Vamos defender algo que nos transcende. Há mais de cem jogadores sob observação e três ou quatro sistemas possíveis. O futebol sente-se e vive-se, não se estuda. Parto daí e sonho ter um grupo forte», explicou, acrescentando que deverá incutir a alguém da sua equipa técnica a responsabilidade de monitorizar os sub-20, a fim de acompanhar potenciais convocáveis.

Numa altura em que o apuramento para o Mundial 2018 está complicado, o técnico mostrou-se crente na recuperação.

«A dificuldade da eliminatória é real. Sabemos que há recursos para que a Argentina esteja no Mundial. Esta seleção não é um grupo de jogadores, mas de 40 milhões de argentinos. Complicado era não pôr a jogar bem quem joga bem. Primeiro é preciso criar uma identidade. O meu contrato estende-se até ao Mundial de 2022, oxalá possamos criar algo importante», sublinhou.

Sampaoli comentou ainda a polémica chamada de Mauro Icardi. O avançado do Inter de Milão tinha sido afastado da albiceleste devido a problemas pessoais com um antigo colega, mas foi novamente convocado pelo selecionador.

«A chamada do Mauro Icardi tem a ver com o rendimento demonstrado na sua equipa», justificou.

Outro dos tópicos abordados foi, naturalmente, Lionel Messi, ele que há alguns meses chegou a ponderar renunciar à seleção. Sampaoli garantiu que o jogador se mostrou entusiasmado com o novo projeto.

«Calhou-me defrontar o Messi [no Sevilha]. Queremos que o melhor jogador do mundo se sinta feliz por estar na seleção. O importante é que o Messi tenha jogadores compatíveis. Ontem falei com ele e está muito entusiasmado. Precisa de grandes jogadores por perto e Dybala é um deles. Seria muito bom que fossem compatíveis», disse.