Javier Saviola tem 34 anos, está livre e quer jogar mais uma temporada, depois de ter rescindido o contrato que o ligava ao River Plate. Numa entrevista concedida à rádio Conexión Abierta, o antigo avançado do Benfica lamenta não ter tido a oportunidade de voltar a jogar com Pablo Aimar, «o melhor jogador» com que se cruzou nos relvados.

«Gostava de ter terminado a carreira no River Plate. Seria um ingrato se me queixasse, mas a verdade é que gostava de ter outro final. Voltei no momento ideal, sempre disse que queria ficar o mais tempo possível na Europa e depois voltar», começou por destacar o avançado sem esconder alguma mágoa pela forma como deixou o clube do coração.

A verdade é que Saviola já não se sentia útil no River. «Chegou uma altura em que depois do Mundial de Clubes deixei de jogar e antes até estava a ser útil à equipa. Aceitei as coisas como elas eram, sentei-me com o Marcelo [Gallardo], falámos e tomei a decisão de sair», prossegue Saviola.

Além disso, o avançado lamenta ainda não ter podido voltar a jogar com Pablo Aimar que, entretanto, também deixou o clube de Buenos Aires. Fiquei com vontade de voltar a jogar com Aimar. Faltou-nos terminar a carreira a fazer umas tabelinhas no River. O Aimar foi o melhor jogador com que joguei na minha carreira», destacou.

Terminou o capítulo River Plate, mas Saviola espera ainda poder acrescentar um último capítulo à sua carreira a partir de julho. «Atualmente estou a treinar por conta própria para estar ativo, a praticar desporto. Estou a analisar convites, mas do estrangeiro, da Argentina não. Procuro um clube para terminar a minha carreira. Vou esperar até julho para fechar algum contrato, mais tempo do que isso seria complicado. Tenho de definir as coisas no próximo mês, não me vejo à procura de um clube por muito mais tempo», destacou ainda.

Uma entrevista em que Saviola elege Ariel Ortega como «ídolo» e destaca ainda Ramón Díaz, Pekerman e Bielsa como os treinadores mais marcantes da carreira.