Depois de 22 anos no Arsenal, Arsene Wenger diz quer ser «desafiado» no próximo clube e revela que rejeitou propostas do Real Madrid e da federação inglesa.

«Não sei exatamente o que vai acontecer a seguir, mas estou perante uma página em branco na minha vida e tenho que escrever o próximo capítulo», afirmou o técnico francês num documentário da BeIN Sports.

«É entusiasmante porque quero ser desafiado de novo, é o que quero novamente na minha vida. Sou um competidor que precisa de ser testado», frisou.

No documentário, o treinador diz que rejeitou várias propostas para mudar de clube ao longo destes anos.

«O Real Madrid acho que rejeitei duas ou três vezes. É um dos clubes que adorava quando era miúdo, mas achei que era um período sensível para o Arsenal», confessou, contando que quando o estádio foi construído, o banco lhe pediu que se comprometesse com o clube durante cinco anos.

«A primeira vez em que pensei nisso [ir para o Real Madrid] foi nesse período de cinco anos e pensei que não podia trair o meu clube».

O treinador de 68 anos também teve a possibilidade de orientar a seleção inglesa. Contudo, voltou a preferir manter-se ao serviço do Arsenal.

«Rejeitei dois convites da seleção inglesa. Não estava pronto para deixar o trabalho de campo diário. Disse inúmeras vezes que a seleção inglesa deve ser orientada por um treinador inglês. É um país com uma enorme cultura futebolística e com treinadores de qualidade, não seria correto aceitar [as propostas]», referiu.