Apesar da eliminação das competições europeias e dos resultados aquém do esperado na presente temporada, Diego Simeone coloca de parte a ideia de deixar o Atlético de Madrid.
«Acabas sempre por ler algumas das coisas que são escritas. Se me guiasse por ciclos, já há quatro anos que dizem que o meu ciclo terminou. Sou da opinião de que deves dar tudo até ao final. Quando percebes que as pessoas não te estão a acompanhar, aí tens de te pôr a andar porque és desnecessário nesse lugar», disse o técnico dos colchoneros, esta sexta-feira à DirecTV.
Na mesma entrevista, Simeone explicou as dificuldades com que se depara na gestão dos futebolistas, sobretudo os mais novos.
«Continua a acontecer-me com jovens que já estão há muito tempo na equipa, que jogam e pensam que são o Maradona, como costumamos dizer. E, se não os metes a jogar, parece uma frustração total. Depois, quando eles têm de entrar, essa frustração está no cérebro e não conseguem render a melhor versão», explicou.
«Valorizo a qualidade técnica e o talento, é importante, mas a diferença é absolutamente o lado emocional. Cada um deles vive uma vida muito diferente daquela que vivíamos há vários anos. Têm tudo e parece que têm tudo de forma mais fácil, mas para eles não, porque sempre viveram assim. Temos de estar perto deles continuamente», completou.
Refira-se, de resto, que o português João Félix tem sido um dos mais insatisfeitos pela irregularidade de minutos no Atlético de Madrid. No último encontro, no Dragão, o avançado de 23 anos não gostou de ser substituído e até continuou no banco de suplentes quando todos os colegas de equipa foram saudar os adeptos.