A comitiva do Boca Juniors vai cumprir um período de sete dias de isolamento após a viagem do Brasil para a Argentina, na sequência do jogo em solo brasileiro ante o Atlético Mineiro, para a Taça Libertadores, realizado na noite de terça-feira.

Depois do jogo, jogadores, treinadores e dirigentes do clube argentino estiveram na esquadra de polícia de Belo Horizonte, fruto de graves incidentes no fim do jogo com o Atlético, que ditou a eliminação do Boca.

Esta situação trata-se de uma exceção à regra, uma vez que elementos de equipas de futebol profissional que se desloquem a outros países estão isentos de cumprir quarentena no regresso à Argentina. Contudo, os incidentes que envolveram o Boca levaram as autoridades sanitárias do país a exigirem o seu cumprimento.

Depois do 0-0 no jogo da segunda mão, igual resultado ao do primeiro jogo, o Boca Juniors foi eliminado no desempate por grandes penalidades (3-1). No caminho para os balneários, houve confrontos e estragos no túnel de acesso aos balneários, após protestos de um golo invalidado ao Boca.

A polícia militar brasileira chegou a recorrer a gás lacrimogéneo e identificou, pelas câmaras de vigilância, oito pessoas da delegação argentina envolvidas em agressões físicas.

O Boca deixou a esquadra com um gesto obsceno do ex-Benfica Lisandro López.

Os envolvidos nos desacatos estão acusados de crimes de agressão, lesão corporal e destruição de propriedade pública.

O Atlético Mineiro já reagiu aos acontecimentos e revelou que o seu presidente, Sérgio Coelho, passou ao Boca seis mil reais para o pagamento das fianças, para libertar os elementos da equipa argentina identificados pela polícia.