Ronald Koeman voltou esta quinta-feira a Espanha, para a apresentação da Koeman Cup, um torneio de golfe solidário cujas receitas vão ser entregues à Fundação Cruyff.

Na conferência de imprensa, o técnico neerlandês foi desafiado a detalhar as melhorias do Barcelona, desde que deixou o clube em outubro último. Koeman, recorde-se, saiu à 11.ª jornada e deixou a equipa catalã no nono lugar, com 16 pontos, menos oito do que o líder Real Madrid. A três jornadas do fim, o emblema blaugrana é segundo classificado, apesar de estar a 15 pontos dos merengues. Ainda assim, o neerlandês puxou dos galões e preferiu ver o copo meio cheio.

«Obviamente, melhoraram em algumas coisas. Contrataram três atacantes, três jogadores que podem jogar na frente. Não é bom comparar. Quando eu saí, o Barcelona estava a oito pontos [do Real Madrid] e agora estão quase ao dobro. Não é bom comparar», afirmou, citado pela Marca.

O próximo selecionador dos Países Baixos analisou o atual momento do Barça e apontou que tem de existir uma razão para as três derrotas nos últimos três jogos em Camp Nou.

«A tarefa de Xavi é tão complicada quanto a minha. Não precisamos de mentir, se perdemos os últimos jogos em casa é por alguma coisa. Esta é a realidade do Barcelona hoje. Precisa de tempo para voltar ao que era e, por isso, peço para terem tranquilidade e não pensarem que não ganhamos títulos. Temos que pensar a longo prazo, confiar e apoiar o treinador», reforçou.

Koeman aproveitou ainda para lançar uma «bicada» ao presidente do Barcelona, Joan Laporta. «Mudar de treinador nem sempre é algo que garante que vais melhorar. Não quero fazer nenhuma crítica. A única coisa que peço é para apoiarem o Xavi. É uma situação em que o treinador não é o único culpado. Não tive o apoio total de um presidente e espero que ele tenha aprendido com isso e apoie Xavi. A situação do clube afeta-me, é triste porque sou um culé. Peço o máximo apoio ao Xavi, é uma lenda, um treinador muito bom, da casa e pouco culpado por o Barcelona estar nesta situação.»

O técnico de 59 anos, que após o Mundial do Catar vai assumir a seleção neerlandesa, conseguiu apenas quatro triunfos nos 11 jogos em que comandou o Barcelona na presente época. Xavi já orientou os catalães em 32 jogos e venceu 17.