O novo treinador do Barcelona, Xavi Hernández, assegurou que a equipa vai procurar «ser competitiva a cada momento» e colocou já os olhos no seu primeiro jogo oficial ao comando dos catalães, no dérbi ante o Espanhol, a 20 de novembro.

«Nós já estamos a pensar no Espanhol, daqui a duas semanas, prepará-lo-emos para ganhar. O Barcelona é ganhar. Trabalhar duro, com muita exigência para que venham os resultados. O Barcelona não está no melhor momento da sua história, mas estamos juntos e é um projeto a médio-longo prazo», afirmou o técnico espanhol de 41 anos, que representou o clube como jogador de 1991 e 2015.

Na conferência de imprensa de apresentação, Xavi foi questionado por Pep Guardiola e diz que qualquer comparação com o atual técnico do Manchester City, que teve sucesso no Barcelona como treinador depois de jogador, é má para si neste momento.

«Primeiro do que tudo, que me comparem com ele é um êxito por tudo o que fez. É uma referência para mim. Para mim, atualmente é o melhor treinador do mundo. Qualquer comparação agora é má para mim. Sei onde estou, há que exigir e os resultados dirão se farei bem ou não», afirmou Xavi, que foi ainda questionado se Lionel Messi, agora jogador do PSG, lhe desejou sorte e se um dia gostaria de treinar o argentino.

«Sim, claro… [ndr: treinar] a todos. Eto’o, Ronaldinho… tenho amizade com o Leo. Desejou-me sorte, claro que brincou, é uma pessoa brincalhona. Desejou toda a sorte. É o melhor jogador da história do futebol, do clube. Mas agora há outros jogadores e não posso pensar nos jogadores que não tenho», frisou Xavi, que também abordou a influência que lhe conferem os treinadores que teve.

«Muitas coisas [ndr: que aprendi]. Muitas vezes estou no banco e lembro-me de palavras de muitos treinadores, do meu pai. Deram-me muita experiência, muitas coisas que tenho aqui [ndr: na cabeça]. Todos somos filhos de Cruyff, Van Gaal, Guardiola, Luis Enrique…», enumerou.

Laporta e o acordo com o Al Sadd

Ao lado de Xavi na conferência de imprensa, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, não se alongou sobre os moldes do acordo com o Al Sadd, clube do Qatar com o qual Xavi rescindiu.

«Chegámos a um acordo e colocámos a nossa parte para que rescindisse com o Al Sadd e é isto. Os números, temos por norma atuar em confidencialidade, salvo quando podemos comentar algo de forma mais detalhada. Foi uma rescisão na qual todos fizemos o possível para convencer o Al Sadd», disse o dirigente.

Xavi confirma contactos do Brasil

Já na fase final da conferência de imprensa, Xavi confirmou que foi contactado a propósito da seleção brasileira.

«Sim, é certo, falei com o Brasil. A ideia era ajudar o Tite [ndr: como adjunto] e pegar na equipa depois do Mundial. A minha esperança era vir para o Barcelona e esperar o momento adequado, sinto-me preparado e com muita confiança», expressou.