Sem atividades desde o começo da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado, o FC Mariupol vai "reabrir" as portas, desta vez no Brasil. Isso porque a Associação Atlética Batel, pequeno clube do Estado do Paraná, resolveu agora chamar-se exatamente FC Mariupol - com o mesmo símbolo, cores e equipamentos.

A iniciativa do Batel, que atualmente participa na terceira divisão do futebol paranaense, é uma singela homenagem aos diversos ucranianos que vivem em Prudentópolis, que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem hoje cerca de 52 mil habitantes.

A comunidade do país do leste europeu instalada na pequena cidade do Paraná é equivalente a 75% do total de imigrantes e, consequentemente, a maior em toda a América Latina.

«Nosso clube e nossa região têm muita identificação e carinho pelo povo ucraniano. A ideia é ajudar a manter vivo o FC Mariupol, que era um orgulho e a grande paixão da cidade, até que eles possam realmente regressar aos trabalhos», destacou Alex Lopes, presidente do Batel, em conferência de imprensa virtual.

«Estamos muito emocionados e gratos por este acolhimento do Batel. A guerra tem sido devastadora para a nossa cidade. Nossas escolas, teatros e academias foram todas destruídas ou deslocadas por causa do conflito com a Rússia. Mas ter essa equipa no país do futebol, do outro lado do mundo, aceitando manter nosso nome vivo durante esse período sombrio de nossa história, nos deixa sem palavras. É impossível expressar o quanto isso significa para nós» agradeceu Andriy Sanin, vice-presidente do FC Mariupol, durante o mesmo evento.