Boca Juniors e River Plate empataram a duas bolas na Bombonera, na 1.ª mão da final da Taça Libertadores.

Quase 24 horas depois da data oficial, que a chuva impediu que se cumprisse, os grandes rivais entraram em campo para a final inédita da «Liga dos Campeões» da América do Sul.

E entraram com uma fome de bola tremenda, empolgados pelas bancadas a rebentar pelas costuras, como se fosse um vulcão em erupção.

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As duas equipas não se fecharam e nem se preocuparam com não perder e muito menos em sofrer, porque na final os golos fora não contam.

O Boca veio como habitual em 4-3-3, o River mudou e apresentou-se em 3-5-2, já que Ponzio, que costuma ser o médio-defensivo e equilíbrio da equipa, está lesionado. 

Este sistema confundiu o Boca e o River dominou. As oportunidades começaram a surgir e Rossi, o guardião do Boca, brilhou por duas vezes. Primeiro a livre de Pity Martinez, depois a cabeçada de Santos Borré. Os «Millionarios» desperdiçavam oportunidades e o Boca não iria facilitar.

Antes dos golos, o Boca perdeu o craque Pavón por lesão, mas Schelotto colocou em campo o goleador Benedetto, talismã dos «Xeneizes».

Contra a corrente do jogo, Ábilla dominou, tirou Lucas Martinez do caminho e rematou para defesa de Armani, mas na recarga o avançado não vacilou. Corria o minuto 34. A Bombonera vibrou, mas nem 30 segundos depois o River empatou por Lucas Pratto. Pity Martinez, o artista dos visitantes, colocou a bola entre os centrais e o avançado foi mais rápido, entrou na área e rematou cruzado para o golo.

Após o empate, o River Plate desperdiçou mais duas belas oportunidades. Primeiro Rossi negou o golo a Pity Martinez e depois Santos Borré isolado atirou a rasar o poste.

Adivinhava-se a reviravolta dos «Millionarios», mas com Benedetto em campo, o Boca está sempre perto do golo e marcou mesmo.

Nos descontos, o Boca beneficiou de um livre frontal, ainda longe da baliza. A bola foi colocada na área e Benedetto, quase de costas para a baliza faz um golaço de cabeça. Armani nada podia fazer, mas a defesa fica mal na fotografia.

O apito para o intervalo soou logo a seguir e o River ia para a cabine com a sensação de injustiça.

Para a segunda parte voltaram os mesmos protagonistas que terminaram a etapa inicial e foi o Boca a vir mais acutilante. Rondou a baliza de Armani, contudo sem grandes oportunidades de golo.

Gallardo mexeu, abdicou dos três defesas e também de bola parada empatou. Bola metida na área por Pity Martinez, Pratto ia finalizar, só que Izquierdoz foi mais rápido e... infeliz. Tentou o corte e fez autogolo.

Silêncio na Bombonera, mas por poucos instantes já que o público voltou a galvanizar o Boca Juniors. Os «Xeneizes» tentaram chegar ao 3-2, Tévez foi chamado a jogo, agitou, mas Armani foi decisivo.

Aos 89 minutos negou o «bis» de Benedetto e deixou tudo empatado, num 2-2 que parece um 0-0, por não haver a regra dos golos fora.

Enzo Pérez, ex-Benfica, foi titular no River Plate, Juan Quintero, ex-FC Porto, foi suplente utilizado.

Tudo adiado para dia 24 de novembro, no Monumental, também em Buenos Aires, mas dessa vez só com adeptos do River.