Foi a maior goleada de sempre sofrida pelo Brasil em jogos oficiais. O 7-1 diante da Alemanha na meia-final do Mundial 2014, que ficou conhecido por «Mineiraço», faz esta quarta-feira um ano, e ainda é recordado pelos brasileiros como um dos piores momentos da história da canarinha.

Ainda assim, o selecionador brasileiro considera que é preciso ver o lado positivo da goleada.

«Acho que precisamos sempre de progredir e evoluir. É uma data que vai ficar marcada, como 1950, assim como as cinco vezes que o Brasil foi campeão. Então, temos que ver pelo lado positivo. Não vai ser possível vencer sempre, temos que ficar o mais próximo possível de conseguir vencer. Temos que melhorar, todos nós, temos que ter humildade para recuperar a hegemonia do futebol mundial», afirmou Dunga, na segunda-feira, numa reunião do Conselho de Desenvolvimento Estratégico do futebol.

Para o técnico do Brasil, a explicação para aquele resultado deve-se à qualidade que a seleção germânica apresentou no último campeonato do mundo.

«O futebol campeão do Mundial fica referência. Há oito anos era a Espanha. Agora é Alemanha. Vamos ver quem vai ser a próxima referência. Mas o que é bom naquele momento, pode ser que não seja em cinco meses. Eles tiveram uma geração acima da média, que se juntaram naquele momento, assim como foi com a Espanha e o Brasil», referiu Dunga.

Numa altura em que as exibições da seleção brasileira são alvo de muitas críticas, acrescendo a isso a eliminação nos « quartos» da Copa América, Dunga rejeita mesmo assim replicar os modelos europeus.

«Não podemos deixar-nos levar por modismos. Ter referências é sempre bom, mas queremos resgatar o futebol brasileiro ou copiar o europeu? O mais importante é buscar soluções aqui dentro», sublinhou.