Lucho González vai disputar o último jogo da carreira esta quinta-feira.

Numa nota divulgada no site oficial, o Athletico Paranaense refere que o internacional argentino vai começar de início no jogo contra o Aucas, do Equador, a contar para a Taça Sul-Americana e que será substituído aos três minutos. Um gesto simbólico visto que o médio jogou com o número três praticamente durante toda a carreira.

«A verdade é que o tempo passou mesmo rápido. Como se diz aqui no Brasil, a ficha ainda não caiu. Ainda há pouco estava a estrear-me pelo Huracán. Vivi tudo tão intensamente desde então que, de repente, estou a prestes a disputar o meu último jogo», referiu, citado pelo site do clube brasileiro. 

«El Comandante» despontou na Argentina com a camisola do Huracán e rapidamente chamou a atenção do River Plate que o contratou em 2002. Após três épocas com a camisola dos «milionários», Lucho muda-se para o Dragão, onde se tornou capitão e uma das principais figuras do FC Porto ao longo de quatro épocas.

Depois de época e meia no Marselha, Lucho González teve uma segunda passagem que durou dois anos. Jogou ainda no Al-Raayan do Qatar e no River Plate antes de chegar ao Athletico Paranaense em 2016.

Internacional pela albiceleste em 45 ocasiões, o futebolista de 40 anos conta no currículo com 25 títulos: desde a Taça Libertadores e aTaça Sul-Americana às seis Ligas portuguesas, às duas Taças de Portugal e às duas Supertaças Cândido de Oliveira.

Lucho revelou ainda que pretende seguir a carreira de treinador e lembrou Jesualdo Ferreira, entre outros técnicos com quem trabalhou ao longo da carreira.

«O futebol foi uma das melhores coisas que me aconteceram na vida. Sou agradecido a tudo que o futebol me proporcionou e me ensinou. Claro que não é possível prever o futuro, mas penso em terminar o curso de treinador e tentar iniciar uma nova profissão no futebol. Durante toda a minha carreira como jogador, tive o privilégio de trabalhar com grandes treinadores: Marcelo Bielsa talvez seja para mim o que mais se destaque. Mas tive o privilégio de ser treinado pelo Diego Maradona na Seleção Argentina. Também aprendi muito com o Paulo Autuori, com o Jesualdo Ferreira e com o Marcelo Gallardo. São todos grandes profissionais, de quem retirei bons ensinamentos e referências», disse.