Aos 37 anos, o avançado brasileiro Fábio Júnior anunciou o regresso ao futebol. O ex-jogador da Naval vai vestir em 2020 a camisola do Campinense, no campeonato paraibano e na Série D do Campeonato Brasileiro, após sete anos afastado do futebol.

O último clube que Fábio Júnior tinha representado tinha sido o Al Ahly, em 2012 e o avançado estava em campo pelo clube de Manuel José aquando da invasão em que morreram 74 pessoas.

«Precisava de estar um tempo com a família. Estava a viajar demais. Depois do acontecimento no Egito, fiquei traumatizado. Mas sempre tive o intuito de voltar para o Campinense. Sempre me acolheu. É um clube que admiro muito. Opto por voltar e - quem sabe? - encerrar depois», disse o jogador citado pelo Globo.

Leia a entrevista que Fábio Júnior deu na altura ao Maisfutebol a recordar as horas de terror e uma noite em branco

Fábio Júnior, que começou no Campinense em 2004 não esquece o que aconteceu no dia 1 de fevereiro de 2012, após a derrota. A jogar em casa do Al Masry, o Al Ahly perdeu por 3-1, mas os adeptos locais invadieram o campo e perseguiram os jogadores e os adeptos do Al-Ahly, atirando-lhes garrafas e pedras.

O avançado brasileiro conseguiu correr para o vestiário, onde ficou barricado por aproximadamente seis horas e só saiu depois da chegada do exército.

«Recordo-me de coisas até hoje. Até sonho com aquela tragédia. Imagens muito marcantes. Violência, revolução, isso foi muito marcante para mim. Quando estou deitado, recordo-me daquilo tudo. Era um cenário de guerra», confessa o brasileiro, que também passou por clubes como Flamengo, Vasco da Gama e Real Madrid B.