A carreira de Mário Jardel na política pode estar condenada a um final precoce.

Tudo porque o ex-jogador do Sporting e do FC Porto recebeu, segundo o seu chefe de gabinete, ameaças de morte e, por isso, resolveu afastar-se temporariamente da política.

Eleito, em outubro, deputado estadual do Rio Grande do Sul, o antigo futebolista pediu uma licença por suposta depressão, depois de ter tido uma discussão com vários membros do partido pelo qual foi eleito (PSD). Na origem das divergências está o facto de Jardel ter dispensado 17 dos 21 funcionários que integravam o seu gabinete.

«Foi ameaçado de morte por um dos que estavam no seu gabinete. Ou fazia o que eles queriam ou atentariam contra a sua vida», disse o chefe de gabinete do antigo jogador, Cristian Lima, à Rádio Gaúcha.

Após tomar conhecimento da decisão de «Super Mário», o vice-presidente regional do PSD, o também ex-futebolista Danrlei demarcou-se do antigo ponta de lança. O antigo guarda-redes, que teve uma curta passagem por Portugal em 2006 ao serviço do Beira-Mar, afirmou em comunicado que não pretende continuar a relacionar-se «com quem conduz o seu mandato e vida da forma como Jardel demonstrou que vai conduzir».

Jardel pediu baixa por 10 dias e ainda não se pronunciou sobre o motivo (depressão ou ameaça?) da decisão. O chefe de gabinete informou que o ex-jogador, atualmente com 41 anos, foi obrigado a assinar documentos e negou que tivesse deixado o cargo de deputado. «Apenas limpou o gabinete, pois não estavam a acontecer coisas certas. Ele continua na política», esclareceu.