Abel Braga foi o antecessor de Jorge Jesus no comando técnico do Flamengo. Dois meses e meio depois de o português ali ter chegado, o técnico brasileiro, que já tinha criticado a direção do Flamengo no processos da sua saída, diz que o colega de profissão podia ter-lhe ligado. Contudo, não considera isso um problema.

«Não, não», começou por dizer, quando questionado sobre se Jorge Jesus tinha feito algum telefonema.

«O Jesus nada tem a ver com isso. A direção foi procura-lo. Saíram daqui, foram a Portugal conversar com ele, mas eu adiantei-me no processo. Podia ter-me ligado. Acho que poderia, não sei. Mas não falhou, não. Não tem culpa de nada», referiu o técnico de 66 anos, em declarações à GloboEsporte.

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Braga, que passou em Portugal como treinador nas décadas de 80 e 90, pelo Rio Ave, V. Setúbal, Belenenses e Famalicão, referiu, ainda, que a última vez que contactou com Jorge Jesus foi devido a Wendel, médio do Sporting, quando este estava no Fluminense.

«A última vez que falei com o Jesus foi quando ele respondeu a uma pergunta em Portugal para falar sobre o Wendel. Eu dou-me muito bem com ele. Perguntaram o porquê de o Wendel não estar a ter mais minutos. Ele foi infeliz na resposta, disse: “isto aqui não é Fluminense”. Eu respondi imediatamente. Ele ligou-me para desculpar-se e tentei passar-lhe a grandeza do Fluminense. Ele disse que foi mal entendido. Conheço o Jesus desde 1989, quando eu era treinador do Famalicão. É uma relação tranquila. Não somos amigos, mas é um ótimo treinador. Se me ligasse, seria gentil da mesma forma», considerou.