Em vésperas de partir para Portugal, o vice-presidente do Flamengo confirmou que a viagem tem o propósito de «contratar um profissional à altura» do clube e frisou que não ficará só por Lisboa.

«Temos uma agenda pré-definida não em função de ser o plano A, B ou C, mas sim em função da logística. Se não voltar (antes do Natal), vou morrer em casa. Temos cinco ou seis dias para acertar [a contratação]. Não vamos ficar só em Lisboa, vamos andar por lá. Temos um alvo e um plano. Vamos fazer as coisas com cuidado e calma, mesmo que isso obrigue a um esforço extra para fechar essa contratação. Não tenham dúvidas de que o Flamengo vai contratar um profissional à altura do clube e à altura para ganhar os títulos que ganhámos nos últimos três anos», começou por dizer Marcos Braz, em declarações reproduzidas pelo «Globo Esporte».

O responsável pelo futebol do Mengão, que se vai fazer acompanhar do diretor-executivo Bruno Spindel, confirmou que tem encontro marcado com Jorge Jesus, técnico que tem contrato com o Benfica até final da época.

«Já construímos uma relação. O Jorge [Jesus] sabe muito bem como foram as nossas primeiras conversas. Ele sabe o que colocou em cima da mesa para vir para o Brasil. Ele já conhecia o Flamengo e sabe que tudo o que eu tratei com ele, cumpri. Tenho esse crédito. O Jesus tem contrato, mas sempre que vou a Portugal encontro-me com ele. Seria uma deceção ir a Portugal e o Jesus não me pagar um café», acrescentou. 

Além de Jesus, Carlos Carvalhal é outro dos técnicos apontados pela imprensa brasileiro ao comando do Flamengo. Marcos Braz não confirmou se o Mengão vai tentar recrutar o treinador ao Sp. Braga, referindo apenas que este era o escolhido pelo clube para suceder a Jesus. 

«Temos análises feitas e um alvo, mas existem treinadores com contratos. Há treinadores que têm de tomar decisões de vida, não só no plano desportivo. Quando o Jesus foi embora, nós tínhamos um alvo encaminhado: o Carvalhal. Por um problema pessoal, ele não pôde vir. Não é só o treinador querer treinar o Flamengo. Tem de saber que está a mudar de vida, ainda mais se tiver filhos. Não é uma birncadeira. Nós tratamos dos documentos oferecemos uma estrutura para que seja feita essa troca de vida. Mas o treinador tem de querer», concluiu. 

O cargo de treinador do emblema carioca está vago desde a saída de Renato Gaúcho, na sequência da derrota na final da Libertadores para o Palmeiras de Abel Ferreira.