A FIFA anunciou esta quarta-feira que não haverá discursos na cerimónia de abertura do Campeonato do Mundo de forma a evitar protestos como aqueles que se verificaram na abertura da Taça das Confederações quando a presidente Dilma Rousseff foi apupada pelos adeptos.

Em entrevista à agência DPA, Joseph Blatter, presidente da FIFA, manifestou-se preocupado com a contestação social no Brasil e espera que o Campeonato do Mundo permita amenizar os ânimos dos populares que, desde a Taça das Confederações, se têm manifestado contra os investimentos e corrupção na preparação para o Campeonato do Mundo deste ano e para os Jogos Olímpicos que se vão realizar, em 2016, no Rio de Janeiro.

«Temos esperança que o Campeonato do Mundo possa contribuir para acalmar os tumultos sociais que assistimos na Taça das Confederações», destaco dirigente suíço, sem esclarecer de quem partiu a proposta de abolir os discursos da cerimónia de abertura.

Blatter manifestou-se mais confiante quanto às obras nos estádios, numa altura em que faltam ainda concluir quatro dos doze recintos que vão receber jogos do Mundial. «Tudo o que tem a ver com os estádios vai estar operacional. Este não é o meu primeiro Campeonato do Mundo. No final, todos os estádios vão estar prontos», comentou ainda.