Já há fumo branco: Carlo Ancelotti é o novo selecionador do Brasil até ao Mundial de 2026, confirmou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esta segunda-feira.

«Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior treinador da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro», disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

A «canarinha» estava sem treinador desde a saída de Dorival Júnior, em março. Os próximos compromissos do «escrete» são em junho, diante de Equador e Paraguai, já com o técnico de 65 anos no comando. A primeira convocatória vai ser divulgada a 26 de maio.

O Brasil é quarto classificado na qualificação sul-americana para o Mundial 2026, com 21 pontos, os mesmos do Uruguai (terceiro), menos dois do que o Equador (segundo) e a dez da Argentina (primeira).

O Real Madrid ainda não comunicou o fim da ligação com o treinador italiano, mas o anúncio deverá estar para breve. Ancelotti vai orientar os «merengues» nas três últimas jornadas do campeonato espanhol, mas, no Mundial de Clubes, a equipa terá outro nome no banco. Xabi Alonso, que já confirmou a saída do Bayer Leverkusen, é dado como certo nos madrilenos.

O namoro entre a CBF e Ancelotti era antigo e os brasileiros queriam contar com o italiano desde a eliminação no Mundial de 2022, com Tite no comando. Fernando Diniz assumiu o «escrete» de forma interina, até que Ancelotti terminasse contrato com o Real Madrid, em junho de 2024. Contudo, as negociações não avançaram, o italiano renovou até 2026 com os madrilenos e a CBF contratou Dorival. Agora, com o lugar novamente vago, a CBF procurou Ancelotti novamente e, depois de avanços e recuos, as partes chegaram a um entendimento.

Ancelotti, que também já passou por clubes como Milan, Juventus, Chelsea, Bayern Munique ou PSG, tem um currículo recheado de títulos enquanto treinador, com destaque para as cinco Liga dos Campeões que conquistou e para o facto de ser o único técnico da história a vencer as cinco principais ligas europeias.

Jorge Jesus, que recentemente deixou o Al Hilal, manifestou nos bastidores o desejo de orientar o Brasil e esteve entre os favoritos, mas a prioridade da CBF sempre foi Ancelotti. Também Abel Ferreira foi um dos nomes cogitados - o português segue de pedra e cal no Palmeiras, que pretende renovar o contrato até 2027.