Rogério Ceni despediu-se esta sexta-feira do futebol, ao fim de uma carreira de 25 anos e 131 golos, num jogo de homenagem presenciado por cerca de 50 mil espetadores.

No encontro, realizado obviamente no estádio do Morumbi, estiveram várias antigas glórias do clube, como Raí, Cafu, ou mesmo Zetti, o guarda-redes que Ceni substituiu na baliza do clube paulista em 1997.

Ao longo da homenagem, Ceni mostrou as suas várias facetas: atuou como guarda-redes na primeira parte do jogo realizado para o efeito, na segunda parte jogou como avançado de uma das equipas e, ao intervalo, foi o vocalista da banda rock brasileira Ira, que atuou no intervalo do encontro.

O São Paulo decidiu retirar a camisola número 1 como homenagem ao seu guarda-redes, tendo Rogério Ceni pedido ainda que, após a sua morte, as suas cinzas sejam espalhadas pelo estádio do Morumbi, a casa do São Paulo.

Recorde-se que o «Mito», como é conhecido entre os simpatizantes do São Paulo, abandona o futebol aos 42 anos, uma carreira de 25 anos, a maior parte dos quais ao serviço do São Paulo, clube no qual foi o capitão durante 16 anos.

Ao longo da carreira, Ceni, que disputou 1.237 jogos oficiais, conquistou 26 títulos, 22 pelo São Paulo e quatro na seleção brasileira, destacando-se duas taças dos Libertadores, um Mundial de clubes, uma Taça Intercontinental, três títulos de campeão brasileiro e o título mundial de 2002 ao serviço da sua seleção.

Ceni será sempre lembrado pelos golos que marcou ao longo da carreira, num total de 131, 69 na conversão de grandes penalidades, 61 através de livres diretos e um de bola corrida, um recorde reconhecido pelo livro de recordes Guinness e uma cifra que o coloca oficialmente como o 10.º melhor marcador de sempre do São Paulo.