A Federação do Senegal manifestou-se indignada depois da recusa do Watford em libertar Ismaila Sarr para a seleção que vai disputar a Taça das Nações Africanas (CAN2022), classificando o comportamento do clube da Premier League como «discriminatório» e «irresponsável».

«Por correio, com a data de 31 de dezembro de 2021, o Watford notificou com  base em argumentos falsos a sua decisão de não liberar o jogador Ismaila Sarr que já tinha manifestado a sua vontade de se juntar à seleção tendo em vista a próxima CAN», lê-se no comunicado emitido pela federação senegalesa.

O Senegal acrescenta que mantém a convocatória e aguarda que o jogador se apresente até à data limite de 3 de janeiro, anunciando que vai recorrer às instâncias da FIFA para poder contar com o seu jogador na fase final. «África, o seu futebol e os seus jogadores merecem o mesmo respeito que são dados aos outros continentes, confederações e jogadores», refere ainda o comunicado.

Ismaila Sarr, com doze jogos e cinco golos marcados na Premier League esta época, contraiu uma lesão nos ligamentos do joelho a 20 de novembro e tem estado a recuperar desde então. O Watford tinha anunciado, entretanto, no início da semana, que Sarr não iria retomar os treinos antes do final de janeiro. Mesmo nesse contexto, o selecionador do Senegal, Aliou Cissé, espera poder contar com Sarr, caso o Senegal chega aos oitavos ou mesmo aos quartos de final da competição africana.

«A federação senegalesa vai empreender todas as ações necessárias para o direito básico que os seus jogadores possam representar o país e para que parem estas práticas relativas a um tempo que pensávamos já ser passado», diz ainda a federação do Senegal.

O Senegal está inserido no Grupo B da CAN2022 e vai estrear-se frente ao Zimbabwé a 10 de janeiro num grupo que conta ainda com a Guiné-Equatorial e o Mali.