O futebolista argentino Carlos Tévez despediu-se esta sexta-feira do Boca Juniors, confirmando o fim da ligação ao clube, como atleta, em conferência de imprensa realizada há instantes.

«Foi muito difícil, mas para mim a maior alegria e a maior satisfação é que vou com as recordações mais lindas que posso ter: onde as pessoas gritavam como loucas que o Boca era campeão, onde os filhos e os pais gritavam que éramos campeões. A última ovação ao Maradona… (pausa) num relvado, a última vez que o meu pai me viu jogar e ser campeão, a última vez que vi o meu pai chorar de alegria. Não há nada mais lindo e não preciso de mais nada para ser feliz», disse, antes de palavras mais emocionadas ao lembrar as memórias no clube.

Tévez, de 37 anos, tem uma ligação umbilical ao Boca, clube no qual fez praticamente toda a formação. Diz agora adeus para estar «com a família». «Não tenho mais nada para dar, como jogador dei tudo, por isso estou feliz. Não sei o que vou fazer do meu futuro, só quero ser pai, marido, filho e irmão. Isso tenho-o muito claro na minha cabeça, é a única coisa que está clara», afirmou, ainda, não deixando, por isso, clara a ideia de que é uma retirada definitiva.

«Hoje digo que me retiro, daqui a três meses se calhar levanto-me e tenho vontade de jogar, mas não no Boca porque não vou voltar e estar a 120 por cento», disse.

Na época 2001/2002, estreou-se como sénior no Boca Juniors e mudou apenas em 2005 para o Corinthians, do Brasil. Passou depois pelos ingleses do West Ham, do Manchester United e do Manchester City e seguiu para a Juventus de Itália.

Em 2015, regressou ao Boca e só teve uma curta passagem em 2017 pela China, no Shanghai Shenhua.