O Brasileirão de 2020 vai concentrar-se em seis meses e meio devido à covid-19, terminando a 24 de fevereiro de 2021, com dois jogos por semana previstos e sem pausas para as épocas festivas.

«Este ajuste foi o que encontrámos para entregar um calendário completo e garantir o cumprimento dos compromissos assumidos pelos clubes com as empresas detentoras de direitos televisivos, com os patrocinadores e com seus parceiros», justificou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo.

A competição de 38 jornadas devia ter começado em maio, mas vai arrancar apenas a 9 de agosto e o calendário apresentado pela CBF prevê a compatibilização de todas as competições nacionais e continentais, inclusivamente sem pausas para as datas FIFA reservadas às seleções.

Portugal estará representado com dois treinadores, Jorge Jesus, que defende o título pelo Flamengo, igualmente detentor da Taça Libertadores, e Jesualdo Ferreira, no Santos.

A competição entre maio e julho não se realizou devido à pandemia da covid-19, pelo que o sucessor do Flamengo de Jorge Jesus será encontrado uma semana após o Carnaval, que paralisa todo o país, inclusivamente os eventos desportivos.

O campeonato prosseguirá normalmente nas eliminatórias para o Mundial-2022 do Qatar, entre 3 e 8 de setembro, 8 e 13 de outubro e 12 e 17 de novembro, bem como a 26 e 27 de dezembro e 2 e 3 de janeiro de 2021, ou seja, sem pausas no Natal ou Ano Novo.

A competição será reatada em estádios sem público e os clubes sedeados em cidades sem autorização sanitária para receber competições desportivas comprometeram-se a jogar noutras cidades.

Em junho, o campeonato carioca regressou no Rio de Janeiro, o segundo Estado mais afetado pela pandemia, sem público, com polémica e queixas de várias equipas. Em São Paulo, o mais rico e populoso, o futebol volta apenas a 22 de julho.

O Brasil registou até ao momento 67.964 mortes e mais de 1,71 milhões de infetados com o novo coronavírus.