A seleção do Qatar venceu nesta terça-feira a Coreia do Sul por 3-2, em jogo do Grupo A da zona asiática de qualificação para o Mundial 2018.

Apesar do triunfo surpreendente, sobre uma equipa teoricamente favorita, o Qatar arrisca sanções disciplinares da FIFA por expressar apoio ao Emir do país.

Os jogadores surgiram em campo vestidos com camisolas brancas, com o retrato do Emir Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani, cuja imagem se tornou um símbolo de desafio e resistência do país ao boicote dos seis países vizinhos, que precipitou uma crise diplomática e política na região.

O médio Hasan Al-Haydos chegou mesmo a levantar e agitar a camisola no ar para as bancadas, depois de abrir o marcador aos 25 minutos de jogo.

Ora, a FIFA proíbe expressamente qualquer mensagem política, religiosa ou comercial nos equipamentos dos jogadores. O Qatar, país ao qual foi atribuída a organização do Mundial em 2022, atravessa uma grave crise depois de a Arábia Saudita e os seus aliados terem cortado relações diplomáticas com Doha, sob a alegação desta apoiar o terrorismo.

Quanto ao jogo em si, o Qatar chegou a estar a vencer por 2-0, mas permitiu a resposta dos sul-coreanos, que ainda empataram, aos 70'. Ainda assim, quatro minutos depois, Hassan Khalid garantiu o triunfo da equipa da casa, ao marcar o terceiro golo e o segundo da conta pessoal.

Este triunfo acabou por dar uma ajuda ao Irão de Carlos Queiroz, que, depois de ter garantido o apuramento para o Mundial, assegurou também, desta forma, o primeiro lugar do grupo.