O presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, defendeu esta terça-feira que o organismo que gere o futebol europeu mantém a perspetiva de que o surto Covid-19 não irá afetar a realização do Euro 2020 que tem início marcado para junho.

«Vamos tentar ser otimistas», disse Ceferin, na conferência de imprensa após o congresso da UEFA, que decorre em Amesterdão, nos Países Baixos, e onde boa parte das questões colocadas estavam relacionadas com a epidemia do novo coronavírus.

Ceferin lembrou que a competição decorrerá em doze países e que existem preocupações de toda a ordem, desde aspetos da segurança, à instabilidade política ou de preocupação com o vírus.

«Estamos a lidar com isso e temos confiança», acrescentou o responsável máximo do futebol europeu, acrescentando, quando questionado, que a UEFA não tem uma data limite para decidir em relação a um eventual cancelamento do Europeu.

No campeonato deste ano, que vai decorrer de 12 de junho a 12 de julho, numa competição em que defende o título europeu, Portugal integra o Grupo F, com a campeã mundial França, a Alemanha e um adversário ainda a designar, vindo de um play-off de apuramento.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco «muito elevado».