Darwin Núñez é a cara nova do ataque do Liverpool e o técnico dos reds, Jurgen Klopp, rejeita comparar o uruguaio aos outros companheiros de setor ou até a Sadio Mané, que se transferiu para o Bayern Munique.

«É um número 9 que pode jogar na ala. O Sadio Mané era um extremo que podia jogar a 9. São coisas diferentes. Nas alas temos o Luis Díaz, o Fábio Carvalho que pode jogar lá, o Diogo Jota, o Salah, muitas opções interessantes e eu gosto disso. Não perdemos só o Mané, o Divock Origi e o Minamino também saíram e foram jogadores muito importantes para conquistarmos troféus mas, para nós, fez sentido fechar o ciclo após algum tempo», disse em entrevista à Goal, na qual admitiu já ter uma ideia da forma como quer ver a equipa em ação.

«Não quero dizer já, porque estou aberto ao que os jogadores me oferecerem e, a partir daí, avançamos», assinalou.

Para Klopp, contudo, está claro que o ex-Benfica não pode desempenhar o mesmo papel do brasileiro Roberto Firmino.

«Eu não quero que o Darwin jogue como o Firmino. A chegada dele traz questões como a posição do Firmino, que tem sido o nosso avançado-centro, mas só foi titular em alguns jogos na época passada. Um é falso número 9 e outro é um 9», explicou, antes de admitir que espera que o uruguaio tenha o mesmo impacto de Luis Díaz, que também se destacou na liga portuguesa.

«Acho que o Darwin poderá integrar-se tão rápido quanto o Luis Díaz, que não teve pré-época, foi chegar e jogar. E todos vimos que estava pronto, porque nós queríamos que ele jogasse aqui como jogava no FC Porto, deixámo-lo jogar e depois ajustamos alguns detalhes. Também é assim com o Darwin. Eu não o vou mudar em três ou quatro semanas, vamos ter de nos adaptar a ele e isso pode acontecer na primeira, segunda, terceira ou quarta jornada da Premier League, pouco importa. Durante alguns anos foi sempre óbvio que o ataque ia ser Mané, Firmino e Salah, mas agora as portas estão mais abertas para toda a gente», sublinhou.

O treinador germânico reconheceu ainda que o Liverpool já seguia Darwin de bem perto quando defrontou o Benfica nos quartos de final da Liga dos Campeões, em 2021/22.

«Sabíamos que era um jogador interessante, mas não pensávamos que íamos contratá-lo. Não havia conversações, mas ele estava na nossa lista. A vontade do Darwin em assinar pelo Liverpool foi óbvia e gostei muito de ver. Ele foi a nossa primeira escolha e nós a dele, agora temos de criar uma conexão», rematou.